EDITORIAL: Porque estamos nadando contra ?

quinta-feira, fevereiro 04, 2016 editorial , opinião , paiçandu , salário , vereadores 0 Comments

A cada um passo que a nossa cidade dá para frente, dois são dados para trás. Sempre que algo bom acontece alguma coisa em contrapartida aparece para frear nosso crescimento. Em 2015 tivemos muitas vitórias é verdade mas e as perdas? E os prejuízos ? Alguém se dispôs a contabilizar ? Claro que não, nosso Legislativo e Executivo concordam em uma coisa. O que nos incomoda não deve ser mostrado.

Não é só de promessas que vivemos pois temos resultados mas a balança que pesa o que é prometido e o que é realmente feito sempre está apontando mais promessas do que resultados. Basta uma simples clicada nas redes sociais de alguns políticos para ver que em um momento comemoram a chegada de uma verba para tal area ( muito geralmente asfaltamento) e num determinado momento quando são cobrados dizem que o município não tem verba. Dizem que temos um hospital mas não nasci uma criança a anos em Paiçandu e cirurgia então, nem se comenta quando foi feita a última. Tudo isso se resume a falta de dinheiro.

E então o prefeito planeja aumentar o salário de seus cargos comissionados (cuja maioria nem ao menos morava na cidade)  e a cidade subitamente reprova tal ato dizendo que se não temos dinheiro para asfalto, saúde e segurança não temos dinheiro para um aumento de salário tão abusivo. O prefeito então recua e ainda abaixa o salário de sua equipe. Parabéns, um passo a frente. Logo mais surge um orçamento de um milhão e meio de reais para um gabinete do Prefeito. Dois passos para trás. Assim fica difícil economizar de fato nesta cidade e invés de cortar regalias e benefícios eles tentam nos empurrar um leilão aonde seria vendido mais de 40 terrenos, tudo patrimônio da cidade. A venda não ocorreu, o aumento de salário também não mas um gabinete de um milhão e meio ta dificil de engolir.

Se você acha que só o executivo vem querendo disfarçar seus gastos diminuindo de um lado e aumentando de outro está enganado. A câmara de Paiçandu aprovou por 8 votos a 1 um aumento de salário de mais de 500 reais para todos os vereadores valendo já para o próximo pagamento. Isso dá mais ou menos um aumento de mais de quatro mil e quinhentos reais por mês nos cofres públicos.

A cidade de Paiçandu está na contra mão de mais de vinte e oito cidades paranaenses que vem querendo abaixar o salário de seus governantes para economizar nos gastos e investir em áreas urgentes.

Numa coisa temos que concordar. Ninguém vive com um salário mínimo. É injusto pedir que homens que guiam nossa cidade ganhem um valor por mês que nem nós mesmos conseguimos viver ganhando, porém não se pode admitir que os cofres da cidade paguem um salário de marajá a quem deve servir e não ser servido.

Segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) o salário mínimo no Brasil deveria ser de R$ 3.258,16.

É este o valor necessário "para suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência", segundo a instituição.

Os R$ 3.258 representam mais de 4 vezes o valor do mínimo atual, de R$ 788. Em janeiro, o mínimo passa para R$ 865,50, uma alta de 9,8%. Para se ter uma idéia o aumento dos vereadores de Paiçandu é de 11,27%, bem acima da média nacional e totalmente contrária a onda de economia do estado do Paraná.

Por isso proponho um redução significativa no salário dos vereadores da nossa cidade porém justa abaixando assim o valor dos vencimentos para R$ 3.258,00. Ciente de que os nossos amigos eleitos compreendem a necessidade de economizar. A proposta não é dizimar o salário dos vereadores ao mínimo pois eles não merecem isso mas sim de economizar em cada salário cerca de R$ 1.493,03 ou seja, invés de aumentar nossos gastos iríamos é economizar aproximadamente R$ 13.464,27 por mês apenas reduzindo o salário dos vereadores. É bom lembrar também que o Prefeito já reduziu o próprio salário e deus cargos comissionados, nada mais justo que o Legislativo acompanhe tal economia.