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Tudo que você precisa saber sobre como o governo sustenta blogs na internet

terça-feira, junho 23, 2015 , , , , 0 Comments


Brasil 247. Carta Capital. Conversa Afiada. Jornal GGN.
Você provavelmente conhece alguns desses sites ou pelo menos já ouviu falar deles em algum momento: são os maiores portais de notícia de inclinação progressista do país, com viés notadamente em favor do governo.

Junto com eles, você também provavelmente já esbarrou com um ou outro texto do Diário do Centro do Mundo, da Revista Fórum ou da Carta Maior, outras publicações assumidamente de esquerda.
Não se engane: as semelhanças entre esses sites não se restringe apenas à visão política, ela envolve dinheiro. Dinheiro, diga-se de passagem, que, muitas vezes, sai da mesma fonte: o seu bolso. Envolve também empresas de publicidade, governos municipais, ONGs e banqueiros.

Aqui, a primeira parte de um especial com tudo que você precisa saber sobre como funcionam os blogs governistas – seus financiadores, suas ligações com políticos e empresários, e histórias que colocam em cheque a reputação dessas mídias como democráticas.




O banqueiro e o blogueiro

Grandes Blogs - Brasil 247 - Patrocínio Caixa e Petrobras
Naji Nahas e Daniel Dantas são dois nomes fortes do mercado financeiro brasileiro, principalmente quando o que está em jogo são acusações de fraudes financeiras e obtenção de informações privilegiadas.
Nahas virou manchete na década de 1980, após montar um esquema de fraude na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro que lhe renderia milhões de reais em plena hiperinflação. O esquema acabaria descoberto, colocando não apenas a imagem do libanês em descrédito, como também da Bolsa, que desabou no pregão seguinte à sua divulgação.
Já Dantas foi o grande protagonista da Operação Satiagraha da Polícia Federal, em 2008. A ação deflagrou casos de corrupção, crimes no mercado financeiro e lavagem de dinheiro, com o envolvimento do banqueiro, que terminaria preso. Nahas seguiu o mesmo caminho, acusado de participar de um esquema paralelo de venda de dólares. As investigações surgiram após indícios de que o Banco Opportunity, de Dantas, estaria envolvido no esquema do Valerioduto.
Como revelou o repórter Mino Pedrosa, ex-editor da IstoÉ Brasília, com a imagem em risco, Dantas teria acionado um de seus contatos na mídia, Leonardo Attuch, então jornalista da IstoÉ Dinheiro, para publicar matérias que defendessem seus interesses na revista. As reportagens eram, em geral, produzidas por outros jornalistas ligados ao banqueiro, e repassadas para Attuch, então encarregado de assiná-las e inseri-las na publicação.
Em escutas telefônicas realizadas pela Polícia Federal, Attuch seria flagrado orientando Nahas a processar Mino Carta (da Carta Capital), Diogo Mainardi (então colunista da Veja) e Paulo Henrique Amorim (da Rede Record e do Conversa Afiada), por noticiarem contra o especulador e o banqueiro. Em 2011, ele montaria sua própria publicação: o Brasil 247, acusado de ser financiado por Dantas, algo que o jornalista nega.
Nos últimos 8 meses, duas acusações contra o 247 surgiram. A primeira foi encontrada num imóvel do doleiro Alberto Youssef, delator da Operação Lava Jato, num monitor de um computador: um papel com a anotação “Leonardo Attuch 11-950206533 6×40.000.00 24/02/2014”, sugerindo pagamentos entre a quadrilha de Youssef e o editor do portal.
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O 247 se defende das acusações, dizendo que os pagamentos eram referentes à publicidade veiculada pela agência de turismo Marsans. O site, no entanto, omitiu a informação de que, desde 2010, a empresa era controlada por Alberto Youssef.
A outra foi encontrada em maio deste ano, nas informações bancárias de uma empresa de fachada pertencente ao lobista Milton Pascowitch, outro envolvido na Lava Jato. Numa quebra de sigilo bancário, o Ministério Público encontrou 4 movimentações, no valor de R$ 30 mil cada, para a conta da Editora 247, dona do Brasil 247. Além dos pagamentos, foram também encontradas movimentações milionárias entre as contas da empresa e empreiteiras investigadas. A empresa não possuía um único funcionário.
No mesmo dia dessas descobertas, o Brasil 247 publicou uma matéria mencionando Pascowitch, defendendo a soltura do lobista.
E não para por aí: o site ainda recebe patrocínios milionários de empresas do Governo Federal. Mas isso é assunto para outra hora.

O Barão

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Durante a década de 1980, a palavra “Barão” era constantemente associada a dinheiro. E a razão era simples: a cédula de mil cruzeiros vinha com o rosto de José Maria da Silva Paranhos Júnior, o Barão do Rio Branco, estampado. Mas aqui, esqueça José Maria: o Barão que vamos falar é outro – ele não possui formalmente um título de nobreza, embora use a honraria como inspiração para um instituto que leva seu nome. E não pense que a falta de um título oficial deixará o instituto do nosso Barão desassociado de poder e dinheiro; nosso Barão se reinventou nos tempos modernos para atrair financiamento público e pressionar políticos.
Estamos falando do Barão de Itararé. Ou melhor, do “Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé”, um instituto ligado ao movimento dos blogueiros progressistas (BlogProg). A história desse instituto é vinculada ao movimento desde sua fundação e é impossível falar de um sem mencionar o outro. Mas para isso, precisamos voltar um pouquinho no tempo.
Os primeiros blogueiros progressistas a fazerem sucesso na internet foram Paulo Henrique Amorim (do já citado Conversa Afiada) e Luís Nassif (do Jornal GGN). Amorim sempre com duras críticas à Globo, Nassif combatente da Veja. Seguindo seus exemplos, outros blogueiros surgiriam na rede com o intuito de criticar ou expor grandes veículos de mídia, por onde alguns deles haviam passado. Os motivos eram quase sempre os mesmos: a falta de boa vontade dessas grandes publicações com o governo federal.
Com a aproximação das eleições de 2010, a blogosfera progressista viu a necessidade de formar um movimento único com o intuito de formular pautas em comum acordo para a defesa da candidatura de Dilma Rousseff. Era criado então o Movimento dos Blogueiros Progressistas, BlogProg, em São Paulo, com a participação de personalidades como Altamiro Borges (Blog do Miro), Leonardo Sakamoto (Blog do Sakamoto), Luiz Carlos Azenha (Viomundo), além dos já citados Paulo Henrique Amorim e Luís Nassif.
A união dos blogueiros rapidamente chamaria a atenção pública do Partido dos Trabalhadores e de Lula, então presidente, que concederia uma entrevista coletiva a alguns dos donos desses blogs no Palácio do Planalto – algo que foi repetido anos depois, em 2014, no Instituto que leva seu nome.
Durante a reunião que criaria o movimento, foi fundado também o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, presidido por Altamiro Borges (Blog do Miro e Carta Maior).
Após o evento, o instituto recém fundado lançaria a “Carta dos Blogueiros Progressistas”. Preste atenção nessas palavras.
“Contudo, produzir um blog independente, no Brasil, ainda é um ato de heroísmo porque não existem meios sólidos de financiamento para exercer a atividade profissionalmente, ou seja, obtendo remuneração.”
O clamor do Barão parece ter surtido efeito: hoje, esses blogs, outrora em crise, recebem patrocínios milionários do governo, através de verbas de publicidade. A farra com o dinheiro público é tão avassaladora que, como a Folha de São Paulo apurou, já houve caso até de um jornal fictício receber verbas publicitárias.
Desde que a presidente Dilma chegou ao poder, os gastos com publicidade só aumentaram. Apenas no ano passado, a presidente gastou R$ 210 milhões com campanhas em nome da Presidência da República: um valor mais alto do que o gasto com publicidade com campanhas do Ministério da Saúde.
Mas não pense que a farra termina nos gastos diretos da presidência – ela envolve diversas estatais que tomam dinheiro público para financiar blogueiros ligados ao governo.
Só entre 2010 e 2013, o Conversa Afiada já recebeu R$ 2,48 milhões – apenas a título de comparação, no mesmo período, o site da Veja, com uma audiência incomparavelmente maior, recebeu R$ 559 mil.
Tomando como base uma tabela de acessos divulgada pelo UOL há dois anos, é possível perceber como os gastos não são proporcionais. Naquele ano, o blog de PHA teve 4 milhões de visualizações mensais e recebeu R$ 628,8 mil em publicidade do governo. Ao mesmo tempo, o site da Folha de São Paulo, que tem 127 milhões de visualizações, recebeu pouco mais de R$ 780 mil.
Dessa forma, é possível afirmar que, para cada leitor do blog Conversa Afiada, o governo gastou R$ 0,01 em publicidade enquanto que, para um leitor da Folha, o gasto foi de R$ 0,0005 – cinco centésimos de centavo. Ou seja, o blog de Paulo Henrique Amorim recebeu proporcionalmente 2000% mais dinheiro do que a versão online do maior jornal em circulação no Brasil.
Um caso ainda mais chocante é o do Ópera Mundi: R$ 573 mil para uma audiência de 514 mil visualizações de página/mês. São R$ 0,09 por cada pessoa que visualizou uma página do site, independente dela ter clicado na propaganda ou não – um valor surreal em termos de publicidade. Se o governo resolvesse gastar com publicidade no Facebook na mesma proporção que gastou com o portal Ópera Mundi, teria um rombo de R$ 44 bilhões, dinheiro suficiente para reconstruir todos os estádios da Copa do Mundo do ano passado 5 vezes, e ainda sobraria.
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As revistas também apresentam disparidades: em 2013, Veja, Época, IstoÉ e Carta Capital receberam, respectivamente, R$ 14,1 milhões, R$ 8,7 milhões, R$ 4,6 milhões e R$ 2,8 milhões. Mas a circulação de cada um desses veículos não corresponde com o gasto de publicidade.
De acordo com a Associação Nacional de Editores de Revistas (ANER), em 2013, a circulação média de todas essas revistas esteve acima dos 300 mil, exceto a Carta Capital, que vendeu 30.595 exemplares por mês. A tabela abaixo mostra esses valores com precisão.
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É importante ressaltar que o pagamento público aos blogs progressistas é muito maior que das revistas, como informam os dados obtidos pela Folha de São Paulo – mais a frente voltaremos a falar sobre eles.
O mídia kit do blog Conversa Afiada cita, por exemplo, grandes anunciantes: a Câmara Municipal de São Paulo, o programa Minha Casa Minha Vida e a campanha “Pare, Pense, Mude”, do Ministério das Cidades e do Denatran. Outros sites, como é o caso do Diário do Centro do Mundo, tem, entre outros anunciantes, a Prefeitura de São Paulo e a Prefeitura de Maricá (governada pelo Partido dos Trabalhadores). Isso põe em cheque a credibilidade do modelo de distribuição de verbas publicitárias do governo, que afirma ser escolhido com base na audiência dos portais – a chamada “mídia técnica”. Isso tudo, no entanto, não é motivo suficiente para afastar defensores do modelo atual.
O Barão também não fica de fora dessa: apesar de ser um site com uma audiência modesta, que sequer aparece no ranking da Alexa no Brasil, a página do Centro de Estudos já abrigou campanhas da Prefeitura de São Paulo sobre a Virada Cultural e as chuvas de verão. A relação entre o instituto e a Prefeitura de Haddad, que quando candidato procurou a ajuda de blogueiros, vai muito além da publicidade: em maio do ano passado, o instituto recebeu R$ 50 mil da prefeitura da cidade para a realização do “4º Encontro Nacional de Blogueiros e Atividades Digitais”.
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A lógica defendida pelo Centro de Estudos Barão de Itararé é a de que a propaganda do governo não deve ter como objetivo atingir o maior número de pessoas, mas sim, “promover ampla liberdade de expressão e, assim, seguir uma lógica distinta da lógica privada de remuneração da mídia por publicidade”.
Ou seja: para o instituto, o governo deve ter o compromisso de manter no ar blogs menores por valores absurdamente altos. Se os sites não alcançam audiência sólida, não agradam o público, não conseguem patrocínio através do mercado, ainda assim o dinheiro do contribuinte deve ser gasto para mantê-los. Não se deve priorizar, por exemplo, levar uma campanha de prevenção ao câncer de mama para o maior número de mulheres: a prioridade deve ser inserir banners de estatais por custos estratosféricos em sites com o mesmo viés ideológico do partido que governa o país.
E, quando o dinheiro da publicidade não é suficiente, os blogueiros recebem também outros patrocínios indiretos. 
A premissa pode até soar interessante, num primeiro momento: defender a liberdade de expressão e a descentralização da mídia dos grandes veículos. Mas, qual é realmente o compromisso dessas publicações? Como mostraremos a seguir, nem sempre com a verdade. A liberdade de expressão aqui, muitas vezes, serve apenas ao intuito de assassinar a reputação de pessoas e organizações.
Algumas organizações da “mídia livre”, que surgiram para denunciar as mentiras da grande mídia – ou “PiG”, como costumam se referir –, hoje, muitas vezes, praticam aquilo que acusam. E pior, com o aval de lideranças partidárias e com participações no mínimo suspeitas.

As máquinas de mentiras

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Gentili foi amplamente apontado como racista pela blogosfera. Em 2014, a justiça o absolveu das acusações. Danilo conta essa história em seu blog.
Não, nem sempre o compromisso da blogosfera governista é com a informação. Não por acaso, muitos desses blogueiros vivem constantemente prestando satisfação à justiça. Só Paulo Henrique Amorim já foi processado pelo menos 37 vezes, em muitas das ocasiões por postar informações dúbias – o blogueiro, entretanto, alega que todos os processos são frutos de perseguições políticas. Algumas vezes, nem mesmo desmentidos oficiais são suficientes para que alguns destes portais parem de repetir desinformações.
Isso tudo, porém, não é motivo suficiente para que essas publicações deixem de receber apoio financeiro do governo.
As alegações de Gentili, acusado de racismo pelo Diário do Centro do Mundo (num texto replicado em outros blogs progressistas, como o Pragmatismo Político), foram também aceitas pela Justiça, que em 2014 o absolveu das acusações.
Danilo Gentili, não por acaso, foi uma das primeiras figuras a expôr o funcionamento desses blogs. As críticas, no entanto, incitaram uma espécie de guerrilha virtual contra um comediante que não é ideologicamente alinhado com o governo. Os ataques, de tão numerosos, o levaram a criar o blog “Respondendo Idiotas”, onde ele procura desmistificar as críticas que recebe.
Seu caso não é uma exceção. Personalidades da imprensa, dos negócios e de blogs não alinhados com o governo são constantemente alvos desses ataques.
Desde 2013, Jorge Paulo Lemann e Verônica Serra, filha de José Serra, sofrem ataques infundados dessas mídias, que os acusam de desviarem dinheiro de paraísos fiscais. Nunca foi apresentado um documento ou evidência concreta desse crime, apenas especulações.
O motivo da suspeita seria um investimento realizado pelo fundo Innova, que conta com a participação de Verônica e Lemann, numa sorveteria. Na época, o fundo comprou, por R$ 100 milhões, 20% da Diletto, sorveteria fundada em 2007 e em franca expansão: só entre 2013 e 2014, a empresa estimou um crescimento de 60%, passando de um faturamento de R$ 75 milhões, para R$ 120 milhões. Um número impressionante.
Mas os blogueiros, ignorando o potencial da empresa, calcularam que o valor era irreal e daí iniciaram uma cruzada contra o fundo e seus acionistas. Alguns deles apenas reproduziram a notícia da compra com questionamentos sobre os valores, mas o Brasil 247 foi além e tentou associar a compra com misteriosos “recursos de paraísos fiscais”: “de onde realmente veio o dinheiro para um investimento tão sem sentido e o que foi feito com os recursos trazidos de paraísos fiscais para o Brasil?”, dizia o subtítulo de uma das reportagens que, apesar de propor a relação entre lavagem de dinheiro e a empresa, não explicou o motivo da suspeita.
Os blogs também não perdem a chance de atacar outros blogueiros.
Em abril, após a Folha de São Paulo expor pagamentos do governo de São Paulo à Appendix Consultoria, empresa do blogueiro Fernando Gouveia, do site Implicante, o caminho tomado foi o mesmo: a blogosfera governista iniciou acusações a Geraldo Alckmin de sustentar o site de Gouveia, que tem um posicionamento crítico ao PT.
Mas a matéria continha uma série de erros – não por acaso, após a reportagem receber 88 caixas com documentos sobre os pagamento do governo, ficou claro para a Folha de que os pagamentos se tratavam de serviços prestados pela Appendix a uma agência licitada pelo governo, a Propeg, e não um pagamento direto ao site. Ao contrário dos blogs que recebem quantias irreais de dinheiro pela publicidade veiculada, a Appendix havia sido contratada pela Propeg justamente pelo contrário – ela ofereceu o menor preço nas licitações.
A Folha se retratou pelo erro num editorial publicado 4 dias depois.
Mesmo com o esclarecimento do caso – tanto por parte da Folha de São Paulo, como por parte de Gouveia – diversos blogueiros continuaram batendo no caso, incluindo agora uma sócia da Appendix, Cristina Ikonomidis, por já ter trabalhado na Secretaria de Cultura de São Paulo. O blog do Luís Nassif chegou a fazer uma tabelinha conspiratória de supostas ligações entre José Serra, estatais, secretários do governo e Cristina, numa postagem que tentava associar todos os envolvidos ao Implicante.
E as conspirações não terminam por aí. Em meio aos protestos pelo impeachment de Dilma Rousseff que tomaram conta do país no início do ano, a Revista Fórum comprou a versão conspiratória da esquerda americana sobre os movimentos conservador e libertário dos Estados Unidos, reciclou nas cores verde e amarela e tentou associar os protestos do Movimento Brasil Livre (MBL) com os acontecimentos do exterior. O texto foi replicado pela Carta Capital.
Segundo a matéria, os bilionários irmãos Koch estavam financiando os protestos no país. A evidência apontada eram os valores pagos pelos irmãos ao movimento Students for Liberty (SFL), representado no Brasil pelo Estudantes pela Liberdade, e que possuía laços com representações do MBL. O que a revista omitiu era que os valores pagos pelos irmãos ao SFL nos últimos 16 anos representou menos de 6% de toda a receita do instituto, que é majoritariamente bancado pelos seus adeptos.
Quem está por trás de alguns desses blogs é algo que você verá na segunda reportagem dessa série.

Rodrigo Prado

Pai,Marido,morador na Rússia Brasileira desde 2012. Faz cosplay de Jornalista ás vezes

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